quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Um lado mais sombrio da história do bairro da Liberdade

Há procura da história do bairro da Liberdade, encontramos uma história um pouco diferente das contadas, ela mostra o lado mais sombrio da história do bairro.
Através do site da Nippo Brasil encontramos uma maneira diferente de contar sobre o surgimento do bairro, segua abaixo a publicação do site.

"Quem imaginaria que a história do bairro da Liberdade, conhecido pelos seus atrativos culturais, foi marcada por fatos sombrios, como os enforcamentos na Praça da Liberdade, antigo Largo da Forca. Nesta edição, o NIPPO-BRASIL faz uma viagem ao passado que remonta à época colonial para contar como se deu o surgimento da Liberdade, um dos bairros mais tradicionais de São Paulo.

Surgimento
Assim como outras localidades da cidade, a área que abriga a Liberdade surgiu a partir do loteamento de chácaras existentes até o século 19. Desde então, o bairro passou por um processo de ocupação, principalmente de imigrantes japoneses.
Até o século 17, a região permaneceu praticamente despovoada, mesmo sendo passagem do fornecimento de produtos de São Paulo para Santo Amaro, Santos, etc. Nessa época, a principal atividade econômica era o fornecimento de gados que percorriam algumas estradas, onde ergueram-se chácaras e algumas casas. A Liberdade era considerada uma área periférica até o século 19, quando era conhecida como Bairro da Pólvora, graças à Casa de Pólvora, construída em 1754 no atual Largo de mesmo nome.

Enforcamentos
Quem hoje passa pela Praça da Liberdade talvez não saiba que o local foi o palco sombrio de execuções. Conhecida na época colonial como Largo da Forca, recebeu esse nome devido à forca transferida da Rua Tabatinguera em 1604 (veja a história no box ao lado). No largo houve execuções de criminosos e escravos até 1891, quando recebeu o nome de Liberdade.
“As versões mais aceitas sobre a origem dessa denominação devem-se às punições ocorridas no século 19. Nessa época, as pessoas aguardavam a execução na Igreja dos Aflitos. Após a pena, os corpos eram velados na Igreja dos Enforcados. Na Igreja das Almas era feita uma missa aos condenados”, explica Angelina Obata, pesquisadora do Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil.

Ossadas
Próximo ao antigo Largo da Forca, foi instalado em 1779 o primeiro cemitério público aberto em São Paulo, entre as ruas Galvão Bueno, Glória e Estudantes. O local era destinado ao sepultamento de indigentes e condenados à forca até 1858, quando foi criado o Cemitério da Consolação, em um terreno doado pela Marquesa de Santos. As marcas desse antigo cemitério estão presentes até hoje. “Lembro-me da época que achavam ossadas em terrenos onde foram instaladas muitas casas comerciais. Com certeza, ainda existem alguns terrenos onde ainda estão enterrados alguns corpos pertencentes ao extinto cemitério”, conta o comerciante Nelson Ferreira Dias Rodrigues, 78 anos, morador que nasceu e vive no bairro.

Loteamentos
A partir de 1810, no então Bairro da Pólvora acentuou-se a concessão de terras, vendas e partilhas de sítios instaladas no local. Devido ao crescimento populacional em São Paulo, em 1850, as autoridades pressionaram os proprietários de diversos terrenos da cidade para aproveitarem melhor seus lotes. Muitos latifundiários abriram ruas, alamedas e largos em suas propriedades, fazendo arruamentos e loteações, decisivos na estruturação da Liberdade.
Durante o século 19, o bairro foi habitado por imigrantes portugueses e italianos que permaneceram no local até a primeira década deste século. Eles construíram casarões, sobrados e palacetes que transformaram-se mais tarde em pensões, repúblicas - onde viveram imigrantes japoneses a partir da década de 20.
Entre 1833 até o início do século 20, a área que corresponde à Liberdade pertencia ao Distrito Sul da Sé. Contudo, através da lei municipal n.º 975 de 1905, a região foi desmembrada e denominada como Distrito da Liberdade. Desde então, várias ruas foram criadas viabilizando a urbanização." "



Fonte: http://www.nippobrasil.com.br/especial/n027.php

Todos já conhecemos a Liberdade, então porque deste blog?

Neste blog mostraremos uma nova visão do bairro da liberdade, vendo e analisando seus moradores, seu comercio e sua própria cultura. O bairro da Liberdade é muito conhecido pela forte influência da cultura japonesa, em sua gastronomia local, nos itens mais vendidos das lojas, nas feiras e eventos que ocorrem em suas ruas, e os moradores locais, em maior peso, descendentes de japoneses. Ele sempre é bem explorado quanto ao turismo, por isso vários eventos que tem como tema a cultura japonesa ocorrem lá, a procura pela gastronomia característica é muito grande por isso existem muitos restaurantes especializados na culinária japonesa, para atender a demanda de visitantes, também como cursos de língua japonesa, agências de viagens e lojas com produtos importados. Os moradores da região são característicos, podendo ser descendentes ou não, muitos trabalham na própria região e possuem muita proximidade com a cultura. O bairro tem como principal avenida a Galvão Bueno ela é mais procurada na parte próxima a estação de metro, possuindo um grande comercio, porém logo após o viaduto presente na mesma rua ainda existe um cetro econômico e cultural do bairro, porém é menor visado e divulgado. Através deste blog mostraremos esta outra parte da rua Galvão Bueno, delimitando seus atrativos e seu potencial turístico para a região.